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Minha Pele: Uma História De Quem Eu Sou

Não me sentia bem com os olhares e imaginava que as pessoas estavam falando sobre mim.

28 de Mar, 2024 2 comentários
recomeço

Olá, eu sou a Carolina, tenho 41 anos, mãe de dois e professora de educação infantil. 

Minha história começa lá aos 13/14 anos, quando a acne começou a aparecer no meu rosto.

No começo não entendia o porquê disso estar acontecendo comigo, de não ter ninguém para conversar sobre o assunto e também me sentia sozinha nesse misto de sentimentos, junto com todos aqueles hormônios da adolescência. 


Sabe o que é acordar e não se reconhecer na sua própria imagem?

Não sabia quem era aquela pessoa na imagem refletida, por isso passei a não me olhar mais no espelho. Me sentia envergonhada, não gostava de tirar fotos, e consequentemente, minha autoestima foi bastante afetada.

Minha mãe conta que comprava produtos para eu passar no rosto, e eu literalmente não me recordo desses momentos, mesmo já adolescente. 

E mesmo não me recordando de alguns momentos, foram tempos bem difíceis, e naquela época não se falava tanto sobre o bullying, onde as "brincadeiras" maldosas causavam feridas internas, que no meu caso, foram se transformando em tristeza, dor física (acne inflamada dói), ansiedade, medo, introspecção e não se sentir à vontade em estar com pessoas e ir em eventos. 

Não me sentia bem com os olhares e imaginava que as pessoas estavam falando sobre mim.

Pode até ser que nem estivessem, mas o trauma de ter uma pele acneica e não estar dentro do padrão de beleza imposto pela sociedade é bem doloroso. 

Esses sentimentos ainda estão enraizados em mim, mas não mais com tanta intensidade. Com o passar dos anos e sem terapias (o que hoje sei que é essencial para um auto conhecimento e não sofrer tanto), fui aprendendo “na marra” a me aceitar do jeito que sou e isso foi e é uma luta diária. Tem dias que estou me achando bonita e no outro nem tanto, mas sei que é nesses altos e baixos que vou vivendo.  

autoestima


Passei pela crise dos 30, daquele sentimento de não pertencimento, de não ter conquistado bens materiais, afetivos e aqueles planos que toda garota pensa. Uma grande falácia! Mesmo já tendo um cargo público, não me sentia bem comigo mesma, mas essa chave virou quando fiz 30 anos! Passei a me olhar de outra maneira.

Me via uma mulher, logo as dores e os sentimentos daquela adolescente foram sendo guardados e validados no fundo do meu coração, sem a necessidade de aprovação e aceitação constante de outras pessoas. 


Os anos foram passando e a urgência de me cuidar falou mais alto. Eu precisava muito cuidar de quem eu era, do meu “novo eu”: a Carolina mulher! E foi aí que conheci a Mari, uma esteticista fantástica. Com ela aprendi que para fazer qualquer procedimento estético eu não necessariamente teria que sentir dor. Agradeço a ela por me tirar esse medo, porque sentir confiança no profissional faz toda a diferença. Mas, dentro de mim algo me falava que precisava fazer mais, ter ainda mais mudanças e cuidados!

 

Recentemente, cheguei aos 40 anos e muitas coisas mudaram 

Aos 40 anos, o perfil da Cientista da Beleza apareceu como sugestão no Instagram e fiquei encantada com o conteúdo, e era isso que faltava para o começo do meu processo de cuidados diários.

Parecia que eu já conhecia aquela pessoa por trás dos conteúdos, daquela amiga que gostaria de ter tido lá no passado, onde a cada post de indicações de produtos ia abrindo uma nova portinha dentro de mim. Então eu disse pra mim mesma: quero aprender tudo! 

Amei a didática e a forma como a Juliana Pegos (vou chamar de Ju porque me sinto confortável e ela permitiu haha) aborda o tema.

E assistindo umas de suas LIVES, a Ju disse que iria começar uma mentoria sobre como montar sua própria rotina de skincare, conhecer sua pele e ter conhecimentos mais profundos com os materiais que ela mandava.

Isso me bateu tão forte que garanti minha vaga logo para poder ter o direito de ter a consulta individual e online com ela.

 

O conhecimento me ajudou a enxergar o autocuidado de uma outra forma

Foi um mundo novo pra mim, com muitas informações claras, com as lives pra tirar dúvidas, que pra mim, foram o ponto alto da mentoria, pois conversávamos sobre o módulo da semana e podíamos tirar nossas dúvidas.

Eu queria aproveitar o máximo possível e investi muito nesse tempo de aprendizado, que pra mim era essencial pra eu poder alcançar o meu amadurecimento e crescimento em relação ao meu bem estar físico e emocional.

Quando chegou o dia para consulta individual e online com a Ju eu estava nervosa!

Fiquei imaginando um monte de coisas para falar, pois ter pessoas para conversar sobre pele e principalmente a acneica, é quase inexistente. 


A Ju me ajudou a montar minha rotina de skincare e hoje não sei como vivi tanto tempo sem os meus produtos.

Depois de um tempo, um belo dia, a Ju me convidou para escrever um depoimento sobre toda a minha história e relação emocional com a minha pele. Não consigo explicar o que senti, só sei que chorei emocionada, por lembrar da minha trajetória até aqui. Obrigada mais uma vez! É muito importante ter esse tipo de incentivo para conversar sobre esse tema tão relevante. 

Finalizo, dizendo que escrevi esse texto sem derramar nenhuma lágrima!

Acho que evolui um pouquinho, mas sei que a jornada ainda não terminou. Já vejo mudanças significativas na minha pele, mas como toda mulher nunca estamos 100% com nossa aparência, agora enfrento a batalha contra o envelhecimento e as cicatrizes que a acne me deixou, mas não irei desistir de mim.

Precisamos nos acolher e nos respeitar e por isso gostaria de dizer: meninas e mulheres, vocês não estão sozinhas nessa jornada!

Eu passei por tudo isso, tantas pessoas que estão aqui passaram ou ainda estão passando por isso, e a ideia é a gente construir aqui um espaço seguro para falar sobre o tema acne e nos conectarmos.

Porque falar sobre acne já é, há tempo demais um tabu. Algo tão crítico para nossa autoestima deveria ser menos relativizado e tratado com a seriedade que merece.  

PS: Gostaria de fazer um agradecimento a uma amiga especial, que foi a primeira a saber sobre essa escrita tão intensa para mim. Renata, você é imensamente importante, necessária! Tenham pessoas em sua volta que torcem por você, é bom demais!

Ah! E conta com a gente para segurar a sua mão em cada passo desse processo que é viver em uma pele acneica. 

Um beijo, 

Carol

Carolina Ribeiro Mulher, mãe e professora. Gosto de ouvir músicas, ler livros e assistir séries. Aprendiz na arte do skincare e amando esse tipo de conteúdo. Representante oficial da comunidade que quer falar sobre pele REAL neste blog.

2 comentários

18 Abr 2024 Mariana .R.Alcantara
Que linda História ❤
16 Abr 2024 Ju

Que depoimento emocionante, Cá! A sua história vai inspirar muitas pessoas aqui, tenho certeza! <3

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